EGITO ANTIGO II (Resumo)- Economia, política e sociedade

Economia

Como vimos na primeira videoaula sobre o Egito Antigo, a vida no Egito girava  completamente em torno do Rio Nilo. Sendo assim, a agricultura era a base  da economia egípcia, os egípcios plantavam muitas coisas:  trigo, cevada, frutas, legumes, linho, algodão, etc,  Havia também uma espécie de bambu, o papiro ,que também era  bastante cultivada, a partir dele se fazia o papel, o papiro. Eles não trabalhavam apenas com a agricultura, também havia a criação de bois, cabras, carneiros, porcos, enfim,  além também da mineração de ouro e  pedras preciosas, caçavam e pescavam, ainda  havia também  o artesanato que era uma atividade muito importante para eles.  Utilizaram o linho, (para confeccionar tecidos)  o couro de animais e confeccionaram  também cerâmicas.

No Egito Antigo todas as terras pertenciam ao Estado, ao governo, ao faraó e não só as terras, todos os bens, era o Estado que distribuía  e gerenciava esses bens de acordo com a sua vontade,  isso se chama modo de produção asiático, sendo assim as terras pertenciam todas ao governo e cabia aos camponeses apenas o direito de cultivar aquela terra desde de que desembolsassem, pagassem um imposto coletivo que não era pago em Money, dinheiro, até porque todo comércio era feito na base das trocas de mercadorias, não existiam moedas,  esse imposto era pago com os cereais que fossem produzidos, claro que a maior parte da produção ia  então para o faraó que estocava ali cereais nos celeiros reais para alimentar a parte mais rica da sociedade e serviam como uma espécie de reserva, caso  acontecesse algum problema, como uma seca, uma praga e faltasse comida no Egito esses cereais seriam utilizados.

 E como funcionava o sistema de trabalho no Egito Antigo? Era baseado em um esquema conhecido como servidão coletiva, o que é isso? Basicamente os egípcios eram obrigados de tempos em tempos a trabalhar nas lavouras, construções e obras públicas do governo , sim eles eram obrigados a trabalhar, mas não eram escravos entenderam? Simples, essas pessoas eram  livres e, prestavam trabalho gratuitos nessas obras do Estado, como forma de tributo, de imposto obrigatório.

Lembrando também  que os egípcios faziam um  intenso comércio com outros povos    para adquirir  mercadorias que não existiam ali no Egito, exportavam, ou seja vendiam ouro (muito requisitado por outros povos), papiro, linho, trigo e artefatos feitos pelos artesãos importavam, compravam, cedro da fenícia (a matéria-prima para a construção dos barcos) dos gregos  adquiriram  plantas que serviriam como uma das matérias primas utilizadas no processo de mumificação, pedras preciosas, marfim, perfumes  entre outros produtos.



Sociedade:

  A sociedade egípcia era caracterizada por ser estamental, ou seja,  cada egípcio desempenhava uma função que havia sido herdada dos seus antepassados e que seria igualmente transmitida aos seus descendentes. No topo da hierarquia social se encontravam o faraó e a família real, depois vinha os  sacerdotes e nobreza. Na parte intermediária os escribas (responsáveis pela escrita egípcia) militares, comerciantes e artesãos. A parte mais baixa era composta pelos camponeses e havia também uma parcela de escravos (geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista, ou pessoas incapazes de pagar suas dívidas que trabalhavam muito e não recebiam salário). Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência e se dedicavam a diversos tipos de atividades, como artesanato, serviços de casa, trabalhos em pedreiras, minas e trabalho rural. Alguns escravos domésticos tinham um tratamento melhor do que aqueles que trabalhavam no campo e nas pedreiras, por exemplo. Uma característica da escravidão no Egito Antigo é que o escravo egípcio não era considerado uma mercadoria, mas sim um ser humano. Assim, os escravos podiam ter propriedades, podiam se casar com pessoas livres e tinham, inclusive, o direito de depor contra os próprios donos. Alguns escravos pertenciam ao Estado e aos templos do Egito Antigo.

 

Política

 A política no Antigo Egito era de certa forma centralizada está certo que de tempos em tempos o Egito foi invadido por outros povos e houve pressões e  revoltas também , mas de um modo geral a política era centralizada nas mãos dos faraós,  que eram uma espécie de rei com poderes ilimitados e hereditários, se temos um rei governando logo temos uma monarquia correto?  Sim, porém todavia,  o faraó não era só um rei, ele era também visto como um deus vivo na terra, o herdeiro do deus sol, portanto a política era interligada na religião, então a gente chama esse tipo de monarquia de monarquia teocrática, (teo –vem de Deus, cracia, poder).  O faraó era ao mesmo tempo rei, juiz, sacerdote, tesoureiro e general.

A história política do Império egípcio  é divida em 3 períodos:

Antigo Império – 3200 a 2000 a. C.- Que se caracteriza pela construção das grandes pirâmides, são as famosas, Quéops, Quéfren e Miquerinos,  que foram construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na época. Também teve crescimento da produção agrícola, da ciências (da matemática e da medicina), apesar da prosperidade não houve ampliação do território só uma expedição ao sul que conquistou ali parte da Núbia, esse período provavelmente acabou porque houve um período de fome, de pestes que deve ter gerado revoltas dos camponeses e tivemos também muita disputa pelo poder entre os faraós e os chefes dos nomos tudo isso pode ter ajudado a afundar o Antigo Império.

 Médio Império – 2000 a 1580 a. C. Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas.Nesse período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o império, o que possibilitou, por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática que dominaram o Egito por quase dois séculos.

 Novo Império – 1580 a 1085 a. C. Foi um momento de expansão para a Ásia, teve a conquista da Palestina, Síria e Fenícia, chegando até o rio Eufrates na Mesopotâmia. Durante o Novo Império intensificou-se o comércio externo, foram edificadas novas pirâmides e palácios, em grande parte com os recursos espoliados dos povos dominados. Os faraós tiveram enormes dificuldades em manter as conquistas na Ásia e o domínio da Núbia. Ocorreram rebeliões dentro do império, pressões nas fronteiras de povos atraídos pela riqueza do Egito e problemas internos devido ao crescimento da população (o aumento do número de habitantes por quilômetro quadrado gerou períodos de fome). No século VII a.C., Assurbanipal, rei dos assírios (povo da Mesopotâmia), ocupou o Egito, mas logo foi expulso. A invasão, porém, foi uma demonstração da fraqueza interna do império. Ainda na Antiguidade, no século VI a.C., o Egito perdeu a independência. Em 525 a.C., Cambises, imperador da Pérsia, invadiu e ocupou o Egito, que se manteve como satrapia persa por 200 anos. Os persas introduziram o camelo, que se adaptou bem à região e possibilitou o contato mais frequente com os oásis a oeste do rio Nilo. Em 332 a.C., Alexandre Magno, da Macedônia, também ocupou o Egito. Vinte e oito anos depois, seus herdeiros deram origem à dinastia dos Ptolomeus ou Período Ptolomaico, que se estendeu até 30 a.C., quando os romanos invadiram e ocuparam o Egito.

 





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