Economia
Como vimos na primeira videoaula sobre o Egito Antigo, a vida no Egito girava completamente em torno do Rio
Nilo. Sendo assim, a agricultura era a base
da economia egípcia, os egípcios plantavam muitas coisas: trigo, cevada,
frutas, legumes, linho, algodão, etc, Havia também uma espécie de bambu, o papiro ,que também era
bastante cultivada, a partir dele se fazia o papel, o papiro. Eles não
trabalhavam apenas com a agricultura, também havia a criação de bois, cabras,
carneiros, porcos, enfim, além também da
mineração de ouro e pedras preciosas,
caçavam e pescavam, ainda havia também o
artesanato que era uma atividade muito importante para eles. Utilizaram o linho, (para
confeccionar tecidos) o couro de
animais e confeccionaram também
cerâmicas.
No Egito Antigo todas as terras pertenciam ao Estado, ao governo, ao faraó e não só as terras, todos os bens, era o Estado que distribuía e gerenciava esses bens de acordo com a sua vontade, isso se chama modo de produção asiático, sendo assim as terras pertenciam todas ao governo e cabia aos camponeses apenas o direito de cultivar aquela terra desde de que desembolsassem, pagassem um imposto coletivo que não era pago em Money, dinheiro, até porque todo comércio era feito na base das trocas de mercadorias, não existiam moedas, esse imposto era pago com os cereais que fossem produzidos, claro que a maior parte da produção ia então para o faraó que estocava ali cereais nos celeiros reais para alimentar a parte mais rica da sociedade e serviam como uma espécie de reserva, caso acontecesse algum problema, como uma seca, uma praga e faltasse comida no Egito esses cereais seriam utilizados.
E como funcionava o sistema de trabalho no Egito Antigo? Era
baseado em um esquema conhecido como servidão coletiva, o que é isso?
Basicamente os egípcios eram obrigados de tempos em tempos a trabalhar nas
lavouras, construções e obras públicas do governo , sim eles eram obrigados a
trabalhar, mas não eram escravos entenderam? Simples, essas pessoas eram livres e, prestavam trabalho gratuitos nessas
obras do Estado, como forma de tributo, de imposto obrigatório.
Sociedade:
A sociedade egípcia era caracterizada por ser estamental, ou seja, cada egípcio desempenhava uma função que havia sido herdada dos seus antepassados e que seria igualmente transmitida aos seus descendentes. No topo da hierarquia social se encontravam o faraó e a família real, depois vinha os sacerdotes e nobreza. Na parte intermediária os escribas (responsáveis pela escrita egípcia) militares, comerciantes e artesãos. A parte mais baixa era composta pelos camponeses e havia também uma parcela de escravos (geralmente eram os inimigos capturados em guerras de conquista, ou pessoas incapazes de pagar suas dívidas que trabalhavam muito e não recebiam salário). Ganhavam apenas roupas velhas e alimentos para a sobrevivência e se dedicavam a diversos tipos de atividades, como artesanato, serviços de casa, trabalhos em pedreiras, minas e trabalho rural. Alguns escravos domésticos tinham um tratamento melhor do que aqueles que trabalhavam no campo e nas pedreiras, por exemplo. Uma característica da escravidão no Egito Antigo é que o escravo egípcio não era considerado uma mercadoria, mas sim um ser humano. Assim, os escravos podiam ter propriedades, podiam se casar com pessoas livres e tinham, inclusive, o direito de depor contra os próprios donos. Alguns escravos pertenciam ao Estado e aos templos do Egito Antigo.
Política
A política no
Antigo Egito era de certa forma centralizada está certo que de tempos em
tempos o Egito foi invadido por outros povos e houve pressões e revoltas também , mas de um modo geral a política
era centralizada nas mãos dos faraós,
que eram uma espécie de rei com poderes ilimitados e hereditários, se
temos um rei governando logo temos uma monarquia correto? Sim, porém todavia, o faraó não era só um rei, ele era
também visto como um deus vivo na terra, o herdeiro do deus sol, portanto a
política era interligada na religião, então a gente chama esse tipo de
monarquia de monarquia teocrática, (teo –vem de Deus, cracia, poder). O faraó era ao mesmo tempo rei, juiz,
sacerdote, tesoureiro e general.
A história política do
Império egípcio é divida em 3 períodos:
Antigo Império – 3200 a 2000 a. C.- Que se caracteriza pela construção das grandes pirâmides, são as famosas, Quéops, Quéfren e Miquerinos, que foram construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na época. Também teve crescimento da produção agrícola, da ciências (da matemática e da medicina), apesar da prosperidade não houve ampliação do território só uma expedição ao sul que conquistou ali parte da Núbia, esse período provavelmente acabou porque houve um período de fome, de pestes que deve ter gerado revoltas dos camponeses e tivemos também muita disputa pelo poder entre os faraós e os chefes dos nomos tudo isso pode ter ajudado a afundar o Antigo Império.
Médio Império – 2000 a 1580 a. C. Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas.Nesse período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o império, o que possibilitou, por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática que dominaram o Egito por quase dois séculos.
Novo Império – 1580 a 1085
a. C. Foi um momento de expansão para a Ásia, teve a conquista da Palestina,
Síria e Fenícia, chegando até o rio Eufrates na Mesopotâmia. Durante o Novo
Império intensificou-se o comércio externo, foram edificadas novas pirâmides e
palácios, em grande parte com os recursos espoliados dos povos dominados. Os
faraós tiveram enormes dificuldades em manter as conquistas na Ásia e o domínio
da Núbia. Ocorreram rebeliões dentro do império, pressões nas fronteiras de
povos atraídos pela riqueza do Egito e problemas internos devido ao crescimento
da população (o aumento do número de habitantes por quilômetro quadrado gerou
períodos de fome). No século VII a.C., Assurbanipal, rei dos assírios (povo da
Mesopotâmia), ocupou o Egito, mas logo foi expulso. A invasão, porém, foi uma
demonstração da fraqueza interna do império. Ainda na Antiguidade, no século VI a.C., o Egito perdeu a independência. Em 525 a.C., Cambises, imperador da
Pérsia, invadiu e ocupou o Egito, que se manteve como satrapia persa por 200
anos. Os persas introduziram o camelo, que se adaptou bem à região e
possibilitou o contato mais frequente com os oásis a oeste do rio Nilo. Em 332
a.C., Alexandre Magno, da Macedônia, também ocupou o Egito. Vinte e oito anos
depois, seus herdeiros deram origem à dinastia dos Ptolomeus ou Período
Ptolomaico, que se estendeu até 30 a.C., quando os romanos invadiram e ocuparam
o Egito.
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